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UM ENCONTRO COM O GÊNIO DE ROSA

  • Foto do escritor: ciavozdaterra
    ciavozdaterra
  • 18 de jan. de 2024
  • 2 min de leitura
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Foto: Cauê São Thomé

Se há algo que ativa a nossa inteligência, amplia nossa sensibilidade, repertoriza nosso intelecto e garante substância aos nossos pensamentos, ações e palavras, é a cultura, principalmente quando somos convidados a absorver o que está subjacente à estrutura das grandes ideias.


Foi o presente que a população mineira da cidade de São Thomé das Letras acabou de receber: a apresentação do espetáculo “O Sertão do Guimarães”, no mês de dezembro de 2023.

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Foto: Cauê São Thomé

Que maravilhoso ver aquela plateia lotada por pessoas de todos os níveis e idades. Era o estudante que ansioso atravessava as trilhas da boa literatura; era a mulher simples que de dia, preparava refeições para os turistas da cidade e à noite conhecia, no espetáculo, um outro lado do mundo; era o intelectual, entre escritores, professores e historiadores a expandir seus saberes. Todos, conhecendo ou não a obra de Guimarães Rosa, contataram-se entre sensibilidade à flor da pele e lágrimas nos olhos, com as comoventes relações entre vida e morte; chegadas e partidas; bem e mal; tristezas, saudades, amores proibidos, eroticidades censuradas. Reconhecimento este, que só o teatro proporciona, por ter o descarne da alma humana como espelho exposto na ribalta.


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Foto: Cauê São Thomé

Cada palavra, cada frase, cada neologismo de Guimarães Rosa, é um filetinho de ouro encravado em nossas mentes e corações: “Sertão é onde o pensamento da gente se forma mais forte do que o lugar...”. “Sertão: estes seus vazios...”. “O Sertão é onde manda quem é forte...”. “Viver, é um rasgar-se e um remendar-se constante”.

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Foto: Cauê São Thomé

Diretores, coordenadores, plateia, técnicos, assistentes, enfim, todos fomos premiados com o conhecimento profundo de um sertão esquecido, de jagunços, mulheres, sertanejos sofridos e desse encontro não teve como continuarmos os mesmos. Saímos, isto sim, maiores dentro do coração e mais amplos quanto a nossa visão de mundo, quanto as nossas ideologias e quanto ao nosso olhar sobre o irmão-humano.

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Foto: Cauê São Thomé

 
 
 

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